STARTUP ENXUTA resumo

       

         Agora que você já sabe o que é Startup - se não conhece o conceito basta clicar aqui - vamos falar sobre um novo conceito desse modelo de negócios a STARTUP ENXUTA.

         Primeiramente, uma empresa enxuta é aquela que não tem desperdício de seus esforços, possui o quadro de funcionários suficiente para atingir os objetivos da organização, tem sua linha de produção compatível com o que é procurado no mercado, tem a equipe de vendas “entregando” o que foi pré-estabelecido, cumpre as metas, possui cada metro quadrado da empresa apresentando produtividade. O termo enxuto vem de enxugar, ou seja, devemos enxugar todos os custos desnecessários da operação para que a empresa seja o mais lucrativa possível.

          De acordo com Ries: “Uma startup é uma instituição humana desenhada para criar um novo produto ou serviço em condições de extrema incerteza.”

          - Como saber qual custo é desnecessário em uma empresa que nem existe ainda?

         Essa é uma boa pergunta. A técnica criada por Ries propõe que a empresa não faça o melhor produto possível para oferecer ao consumidor final de acordo com as perspectivas dela. Ela deve lançar um Produto Mínimo Viável no mercado e buscar, através do feedback dos clientes, torna-lo o mais próximo da real necessidade deles, afinal de acordo com W. Edwards Deming: "o cliente é a parte mais importante do processo de produção".

        - O que é qualidade segundo a teoria da Startup Enxuta?
        
       No passado as grandes produções definiam qualidade sobre uma outra ótica, como Lobos (1991) cita:" A Qualidade reside no que se faz – aliás – em tudo o que se faz – e não apenas no que se tem como conseqüência disso”. Nesse novo conceito consideramos que a qualidade é aquilo que o cliente percebe como tal, é o que o cliente procura. Ries diz: "Se não sabemos quem é o cliente, não sabemos o que é qualidade."

         - Por que essa teoria foi tão inovadora?

        Quando falamos de eficiência em engenharia buscamos a melhor forma de fabricar um produto em menor tempo possível e utilizando a menor quantidade de recursos possíveis – fazer mais com menos. Já a nova teoria trata-se de inverter os papéis e lançar, logo, um protótipo no mercado que dê para utilizar o ciclo de aprendizagem (construir-medir-aprender) e com as informações dos clientes pivotar (aperfeiçoar) o produto. E a cada aprendizado realizar um upgrade no produto ou serviço ou um novo direcionamento.

         A teoria da Startup enxuta foi criada por Eric Ries de forma experimental, após diversos contratempos que ele teve ao criar sua empresa (IMVU) ele buscou feedback de outros empresários nesse mesmo tipo de modelo de empresa. Basicamente Ries definiu cinco princípios da Startup Enxuta são:

        "1 - Empreendedores estão por toda parte. Você não precisa trabalhar numa garagem para estar numa startup. O conceito de empreendedorismo inclui qualquer pessoa que trabalha dentro da minha definição de startup: uma instituição humana projetada para criar novos produtos e serviços sob condições de extrema incerteza. Isso significa que os empreendedores estão por toda parte, e a abordagem da startup enxuta pode funcionar em empresas de qualquer tamanho, mesmo numa de grande porte em qualquer setor de atividade.
        2 - Empreender é administrar. Uma startup é uma instituição, não um produto, assim, requer um novo tipo de gestão, especificamente constituída para seu contexto de extrema incerteza. De fato, como discutirei depois, acredito que “empreendedor” deveria ser considerado um cargo em todas as empresas modernas que dependem da inovação para seu crescimento

        3 - Aprendizado validado. Startups existem não apenas para fabricar coisas, ganhar dinheiro ou mesmo atender clientes. Elas existem para aprender a desenvolver um negócio sustentável. Essa aprendizagem pode ser validada cientificamente por meio de experimentos frequentes que permitem aos empreendedores testar cada elemento de sua visão.

        4 - Construir-medir-aprender. A atividade fundamental de uma startup é transformar ideias em produtos, medir como os clientes reagem, e, então, aprender se é o caso de pivotar ou perseverar. Todos os processos de startup bem-sucedidos devem ser voltados a acelerar esse ciclo de feedback.

        5 - Contabilidade para inovação. A fim de melhorar os resultados do empreendedorismo e poder atribuir responsabilidade aos inovadores, precisamos focar também em assuntos menos interessantes: como medir o progresso, definir marcos e como priorizar o trabalho. Isso requer um novo tipo de contabilidade desenvolvida para startups e para as pessoas responsáveis por elas."

          Fonte: Lean Startup de Eric Ries

         Baseado nisso posso afirmar: Antes de lançar um produto ou serviço totalmente elaborado no mercado pergunte a seu cliente o que ele quer.