O consumidor e a internet

             Ninguém tem tempo para nada hoje em dia, a vida cotidiana é uma correria, as pessoas não conseguem esperar esperar 3 minutos para carregar as imagens de um site e quem dirá esperar 20 minutos em uma fila sem reclamar. Os consumidores estão mais exigentes, e a noção do tempo está cada vez mais apertada. Basta observarmos uma imagem que já nos precipitamos e a julgamos, não procuramos mais, com tanta frequência, nos embasarmos para tomar uma decisão. Somos extremamente imediatistas e queremos tudo na mesma hora.

             - As empresas estão cada vez mais vulneráveis.





Fonte: Extra Globo

           Tão bonito ver o espetáculo da vida selvagem, onde uma leoa oferece colo a um filhote de babuíno desamparado. Em uma viagem a Botsuana, na África, os fotógrafos Evan Schiller e Lisa Howlzwarth se depararam com essa cena emocionante. Mas o que a imagem apresenta na verdade demonstra uma falsa realidade (continue lendo este post).

           Mais do que recentemente, o Brasil se organizou em uma manifestação histórica contra a corrupção, uma grande nação em prol de um ideal, com cartazes de apoio aos combatentes dos políticos corruptos e de revolta com a atual crise do país foram vistos ao longo do evento todo tipo de gente, mas em meio a esse enredo vi um cartaz que me fez pensar um pouco, ele dizia: "Não quero um novo pais ,quero um pais novo". Está na hora de mudar, mas a mudança deve vir de nós mesmos. Contudo a manifestação foi pacifica e madura - palavras da própria presidente.




Fonte: EBC

           A Avenida Paulista enfeitada estava emocionante, até o patinho da campanha "não vou pagar o pato" compôs o ambiente, os números de manifestante é que oscilaram consideravelmente - de acordo com o Datafolha, 500 mil pessoas participaram da manifestação na Paulista, já a Polícia Militar calcula público de 1,4 milhão (quase 200% de margem de erro. rs).

          Entretanto não foi esse o único destaque de domingo (13/03/2016). Uma foto de um casal que levava seus filhos a manifestação com a cuidadora deles carregando o carrinho de bebe, logo atrás, vestida apenas com roupas brancas sofreu uma grande repercussão nas redes sociais.

          Logo, vimos muitos comentários, como: "esse é o país que reina a desigualdade social", "olha que foto emblemática nesse momento do país", "podiam ter dado a empregada alguma roupa do Brasil também", "estão humilhando ela", "ela está trabalhando com dignidade como qualquer um". Muita gente que não sabia nada do casal, ou da empregada e dava sua opinião sem ter nenhuma base. O que me fez lembrar de outra imagem da época do carnaval deste ano em que um pai saia com a família fantasiada de Aladin (pai), Jasmine (mãe) e Abud (filho), basta o detalhe é do filho deles ser negro e mais uma enxurrada de comentários. 


- NÃO ENTRO NO MÉRITO SOBRE QUALQUER OUTRO ASSUNTO DIFERENTE DO COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR BRASILEIRO QUE É O OBJETIVO DESTE POST. O CERTO OU ERRADO DEIXO PARA VOCÊS JULGAREM, NEM POSTAREI A REFERIDA FOTO PARA NÃO AUMENTAR SUA REPERCUSSÃO.

         Mas quais os problemas esse comportamento do consumidor moderno pode trazer ao mundo empresarial?

        Reclamações estilo "Fast Food"
        Se um cliente ficou descontente com algo que aconteceu durante a experiencia de compra dele, um torpedo é direcionado as redes sociais e a reclamação sobre a empresa pode ganhar grande proporção, veja o caso do bar Quitandinha da Vila Madalena de São Paulo.
        Dica: Peça feedback constante para seus clientes antes, durante e depois da venda. Pergunte: "Posso ajudar em algo mais?", "O senhor tem alguma duvida?", "tem algo o incomodando?".

       Impaciência com prazos
       O consumidor é capaz de programar uma festa de casamento um dia após a entrega de seu imóvel e ainda reservar o salão de festas do empreendimento para realizar a cerimonia, acha isso difícil!? Pode acreditar que isso acontece, caso algo saia fora do previsto ele será um forte detrator. O prazo de entrega de um produto não pode atrasar nenhum dia para que o cliente não fique insatisfeito e mesmo se for entregue no último dia de prazo o empresário, ainda assim, pode ouvir alguma reclamação.
       Dica: Cumpra todos os prazos, estabeleça prazos maiores que os necessários para que imprevistos não alterem o combinado.

      Má interpretação de promoções.
      Um cartaz de uma promoção pode dar margem a mais de uma interpretação diferente e algumas pessoas podem até se sentir ofendidas.
      Dica: Coloque-se no lugar de quem está lendo e veja o que o senso comum te diz a respeito da mensagem veiculada. Reflexões, como "gostaria que alguém me dissesse isso?" ou "gostaria que meu filho ou minha filha leia isso?" podem te auxiliar nesse julgamento. 


Fonte: IG.


        Imagens e pensamentos rápidos.
        Uma imagem pode ser mal interpretada, da mesma forma que um anuncio ou promoção, o problema é que ela pode arranhar e denegrir sua marca . A imagem de sua empresa não pode ser atingida por uma simples figura. Os clientes podem associar ela a sua empresa toda vez que forem pensar em realizar uma compra.
        Dica: Todo cuidado é pouco, o ideal é que o pensamento esteja de acordo com a norma e os bons costumes da época, não adiante padronizar os pensamentos do passado imaginando que os consumidores terão a mesma percepção. Sempre tente explicar aquilo que reproduz para que não sofra um julgamento errôneo. Veja minha preocupação quando escrevi em letras garrafais a intenção desta publicação (acima).

         E a foto da leoa? O que ela está fazendo com o pequeno babuíno?

         De fato ela estava cuidando dele, mas veja a reportagem completa postada pela Extra Globo e tire suas conclusões:
         "Durante uma viagem a Botsuana, na África, os fotógrafos de vida selvagem Evan Schiller e Lisa Howlzwarth se depararam com uma cena emocionante e foram, mais uma vez, surpreendidos pela natureza. Andando de carro pelo nordeste do país, a dupla flagrou um grande grupo de babuínos correndo pelas árvores.
        “Entre 30 e 40 babuínos vinham em nossa direção, fazendo muito barulho (...). Não tínhamos ideia do motivo, mas do alto das árvores, eles tinham um ponto de vista melhor”, explicou Lisa em seu blog The LEO Chronicles. O grupo de macacos já tinha notado a presença de duas grandes leoas em busca de uma refeição. “Entre os gritos dos babuínos e os rugidos guturais das leoas, a cena estava uma loucura”, disse ela.
         A confusão piorou quando uma babuíno fêmea desceu da árvore para tentar correr dali, mas acabou sendo fisgada por uma das leoas. Foi quando um filhote se desvencilhou do corpo morto da mãe e correu para tentar escalar uma árvore. “Apesar de ser tão jovem (devia ter cerca de um mês), eu fiquei impressionada ao ver como seu instinto foi rápido e ele correu para ficar a salvo em uma árvore”, escreveu Lisa. Apesar das tentativas, o pequeno macaco parecia não ter forças para escalar.
        Uma das leoas percebeu, então, o filhote que tentava fugir. Ela se aproximou e abocanhou o pequeno babuíno, mas não para matá-lo. “Ela pegou ele pela boca (ela poderia tê-lo engolido num piscar de olhos) e o colocou em sua frente. O que aconteceu em seguida nos chocou — o filhote, em outro momento instintivo, abraçou o peito da leoa e começou a tentar sugar. As fotos dizem tudo”, conta ela."

          Sabemos que essa é a lei da selva, mas a morte da mãe do macaquinho muda toda a história da primeira imagem desta postagem.




Fonte: Extra Globo

***O maior problema é que em questão de segundos nós vemos uma imagem e já tiramos nossas conclusões, já imaginamos o caráter de uma pessoa, avaliamos um atendimento ou discutimos a missão de uma empresa. Acredito que isso tudo também vale para fazer uma reflexão, não é verdade?


         Baseado nisso posso dizer: Não deixe que ações impensadas manchem a sua imagem! Reflita e pense muito bem antes de lançar qualquer tipo de mensagem a seus consumidores.





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